18 novembro 2008

A distância do CRM e a triste realidade brasileira

Gostaria de relatar minha história com a Dell Computadores do Brasil:

- Sou consumidor da empresa de muitos anos, embora meu nome não apareça na nas notas fiscais ou mesmo nos registros. Sou consumidor porque aposto na marca e ao longo dos anos como a profissão exige, sempre optei por adquirir os equipamentos da marca quando consultado por meus clientes ou empregadores.

- Um destes meus clientes resolveu como forma de pagamento de um trabalho enviar-me um Dell Inspiron 1525 service tag HCZJ5H1 montado conforme minhas preferências.
- Aceitei a oferta e o referido equipamento depois de um determinado período foi-me entregue. Sou analista de sistemas, trabalho com produção de software e conteúdo multimídia e utilizo bastante os recursos de áudio dos equipamentos que possuo.
- Após realizar os ajustes no equipamento (instalação dos softwares) iniciei minha rotina de trabalho.
- Em poucos dias comecei a perceber uma pequena interferência no audio. Uma espécie de chiado em toda música ou efeito sonoro que incluía no material de meu trabalho. Depois de analisar, percebi que o problema não era o conteúdo das músicas e sim um problema no equipamento. Resolvi ouvir a produção em outro notebook (outra marca) e não tive o menor problema.
- Descobri então que havia realmente uma interferência dos dispositivos do notebook com a placa de som. Provavelmente por algum erro de projeto da engenharia que produz o equipamento, os contatos da placa de som deveriam estar sem a devida "blindagem".
- Entrei em contato com a Dell pelo atendimento ao consumidor e a empresa se prontificou a trocar a peça com defeito.
- Dias depois recebi um técnico credenciado pela Dell a realizar a substituição das peças. O rapaz trocou os auto-falantes e a placa de rede wireless o que obviamente não resolveu o problema pois o mesmo se encontrava na placa mãe.
- Liguei novamente na Dell, solicitaram a visita de um outro técnico. Este mesmo veio trazendo consigo uma placa mãe e um estagiário, que ao terminarem o serviço deixaram o computador com o mesmo problema.
- Mais uma investida e a Dell prontamente enviou-me um outro técnico e desta vez eu havia informado que este seria o último a abrir o equipamento. Ao abrí-lo, o técnico percebeu que as visitas anteriores de seus colegas não tinha sido bem sucedida. Ele informou-me na ocasião que algumas das peças que estavam no meu notebook poderiam apresentar defeitos futuros já que os seus colegas danificaram cabos e alguns circuitos.
- Liguei na Dell e fui atendido pelo Viniciu Avila, pessoa que se prontificou a iniciar o processo de troca do equipamento.
- Recebi há uns 9 dias o novo equipamento que ainda encontra-se com o mesmo problema. Ao falar no atendimento da Dell só me informam que o caso está em um tal nível 3 (que é o departamento que o Vinícius trabalha) e que o proprio irá entrar em contato comigo.
- Porém há mais de 60 dias e o meu problema não foi resolvido. Além do mais, a transportadora que veio buscar o equipamento antigo EXIGIU sob pena de não transportar, que o mesmo estivesse embalado em caixa de papelão com certas espeficações.
- Já não sei mais o que fazer. Meu trabalho neste período está perdendo a qualidade e ainda estou com capital preso em outro equipamento por não poder vendê-lo enquanto o caso não se desenrola na Dell. Precisaria da solução imediata do problema e acredito que a Dell empresa séria a qual acreditei durante tantos anos irá me compensar pelo infortúnio causado.

17 setembro 2008

Amigos desconhecidos

Sentado sobre a cadeira, fones plugados no Ipod, caneca com o primeiro gole de vinho e um maço de cigarros na mesa ao lado. Acabo de escrever um comentário num blog que aprecio há algum tempo.
A janela aberta por trás de mim insiste em soprar o vento frio da noite. Uma mistura dos restos da chuva de granizo da tarde e sombras de minh'alma.
Desde ontem algumas palavras não saem de minha mente. É como se fosse um eco da memória auditiva relutando para mostrar-me explicações de fatos que não tenho a menor vontade de entender. Tomo o primeiro gole do vinho gelado. Sinto o frio da noite sobre os ombros. Olho para os cigarros mas a vontade de escrever é maior.
Amigos desconhecidos. É isto o que temos na maior parte da vida. A moça mesmo, dona do blog o qual me referi instantes atrás pode ser um exemplo disto. Compartilhamos de mais ou menos as mesmas idéias, experiências e desejos. Vivemos em contextos, cidades e talvez até estados ou países diferentes. E de uma forma um pouco estranha, me sinto próximo. Outro pequeno gole para amaciar os pensamentos. Não sentirei os efeitos do álcool enquanto estiver ouvindo "Tonight I'm a rock and roll star" (acho que foi isto mesmo que eu ouvi).
Mas, (sempre tem o mas) hoje não penso diferente de ontem que também não me fez pensar diferente de antes de ontem. Aceito algumas perdas em troca de alguns benefícios. E acho que todo mundo acaba fazendo isto um dia. Então, hoje e ontem e também antes de ontem, continuo com alguns amigos desconhecidos. Tem um monte deles por aí: No trabalho, na minha rua, na academia, no curso de tiro, na faculdade, no ônibus, no elevador, no estacionamento.
Nos relacionamos diariamente com uma infinidade de pessoas e nunca saberemos o que elas tem na cabeça como sabíamos quando aquele amigo de infância lhe olhava com o rosto sujo de barro, chateado porque acabou de cair da bicicleta. Mas a vida é uma balança. Onde tudo tende ao equilíbrio. E este nada mais é do que um dos lados dos pesos. O outro é o fato de podermos passarmos ilesos por nosso dia sem sermos percebidos. E o melhor. Sem perceberem que estão sendo observados todo o tempo.
Estamos tão acostumados em não sermos notados, em não termos importância e um belo dia, um menor sinal de mudança do seu comportamento chega aquele sujeito que sempre fala bobagens na hora do café e lhe fala:
- Preferia o seu bem estar de ontem do que o hoje.
Então você se surpreende! Às vezes até pede desculpas ou mesmo tenta de maneira vã dizer que está tudo bem. Este sujeito é um amigo desconhecido. Não quer saber da sua ou da minha vida ruim, mas está lá para lhe ajudar. São raras as pessoas que possuem os amigos os quais podem ligar a qualquer hora do dia ou da noite e pedir ajuda sem muitas palavras porque estes são próximos.
Esta é a parte boa. A parte ruim é quando você acredita na boa fé de um amigo desconhecido. Imagine que seu amigo desconhecido (porque realmente no geral não sabemos nada um do outro) lhe aprontasse algo. Fizesse algo que mesmo por menor que seja seria importante que lhe contasse! E a parte pior de todas. Você sabe que ele fez, não questiona nada e espera que ele lhe fale algo que jamais ouvirá.
Porquê? Porque ora bolas. Ele é um desconhecido. Não é seu amigo próximo, está lá por mera causalidade e esperando o melhor momento para de uma maneira clássica lhe atirar por entre os olhos.
O mundo é tão volúvel ó Deus! Ah... é mesmo! Ele pode não acreditar em Deus.
Imagine-se jogando no time do adversário. Cuidado! Só os amigos próximos jogam no seu time. Mas, não se surprienda. Como disse, há uma balança. Para cada amigo distante filho da puta, você terá no mínimo uns quatro ou cinco que também concordarão com você.
Ontem, estava assistindo Matrix Reloaded (sei que é meio retrô, mas depois de assistir décimo terceiro andar...) e ouvi aquele cara metido à francês dizer: Tudo é obra de mera causalidade. Causa e efeito. E é assim desde o início dos tempos. O problema é identificar que causa levou ao efeito. Porque ó céus temos amigos distantes filhos da puta já que sempre demos o melhor de nós?! Simples! Não era o seu melhor. Não para você, mas pra ele.
Érica minha amiga desconhecida de blog. Não me referi em momento algum de forma negativa à você neste post. Você incrivelmente joga no meu time.
Alguns exemplos de amigos distantes filhos da puta:
Aquele que prega uma integridade sem tamanho para os outros e em um dado momento mostra seu desvio de caráter.
Aquele que você apresenta alguém e em pouco tempo, cria afinidade com a nova pessoa e trata de te afastar dela.
Existem vários outros. Mas não haveria espaço em bits no universo para descrevê-los.
Ainda há vinho no meu copo. O momento de fúria aos poucos vai dando lugar ao relaxamento. É a mente racional tomando conta de tudo novamente. Agora há brasa na ponta do cigarro. A fumaça leva embora o resto de sentimento ruim que há dentro do dono destas mãos que digitam coisas sem sentido.
Gastei energia suficiente para fazer o LHC parar e exatos 376 dias para provar à alguém que ela não pregava o que fazia. Corri riscos enormes, tive benefícios sem tamanho e sobrevivi para contar a história. Como prêmio de consolação, provei que o Deus olhou pra mim o tempo todo. Uma pena que por esta terra sobrem professores e faltam alunos.
Um bom momento à você.



02 setembro 2008

Qual computador comprar?

Algumas pessoas ultimamente têm me consultado à respeito sobre qual equipamento (computador) comprar para atender suas necessidades.
Enfim, resolvi fazer um post relâmpago para esclarecer ao leitor sobre alguns pontos chave à serem analisados na hora da compra:

  1. Necessidade - Sempre tenha em mente a necessidade de se comprar ou atualizar seu equipamento.
  2. Aplicação - De nada adianta comprar um Ferrari para andar na estrada de terra. Se um fusca te atende, compre um fusca.
  3. Durabilidade - Quanto tempo você pretende ficar com este equipamento?
  4. Mobilidade - Você vai utilizar este equipamento em vários lugares ou apenas em um?
  5. Custo - Você pode optar pelas marcas nacionais, equipamentos montados ou fabricantes mundialmente conhecidos: Verifique apenas o histórico do local da compra.
  6. Tempo de uso diário - De nada adianta comprar um equipamento rápido e eficaz se o conforto ao utilizá-lo não lhe agradar. Vá à loja, sente-se a frente do equipamento e brinque um pouco.
  7. Internet - Qual delas escolher? A resposta é: Depende. Há áreas que as telecom atendem bem, outras que as operadoras de TV são melhores e outras que só as telecom móveis conseguem chegar. Veja na sua região quais são os mais usados. Pergunte aos vizinhos, faça comparações de custo. No final, veja o serviço de conexão que mais lhe agrada.
  8. Tamanho da tela - Para notebooks, quanto maior a tela maior consumo de bateria. Em contrapartida, quanto menor, menor área útil. Neste caso, opte por telas de 15". É o caminho do meio. Nem grandes nem pequenas. Se o computador for desktop, veja o monitor que cabe no seu bolso.
  9. Design importa? - Se o seu caso necessitar de que o equipamento seja bem desenhado, opte pelas marcas internacionais, mas cuidado! Muitas delas não oferecem garantia em equipamentos importados no Brasil (é o caso da Sony). Logo, verifique se o fabricante possui fábrica no país ou oferece a garantia.
  10. Vendedores sempre superdimensionam as suas necessidades - Se você precisa de um computador para fazer planilhas, escrever textos ou emails e acessar a internet fatalmente o vendedor irá lhe oferecer uma configuração de servidor.
  11. Comprar computador é igual a comprar carro usado - Quando se compra um carro usado, sempre é importante levar consigo um consultor: aquele mecânico seu amigo de muito tempo. Assim é com a informática: Chame seu vizinho fera em informática, mande um comentário no meu blog mas nunca caia no papo do vendedor.

Este é o "post relâmpago". Grande abraço aos leitores e até mais.