27 dezembro 2006

Natal ou Neo Natal

Descobri que ninguém se importa comigo. Mas também sei que ninguém na verdade não se importa com ninguém. Hoje, um amigo perguntou-me: "Como foi de Natal?", sei que ato contínuo à esta pergunta ele me questionaria alguma coisa técnica como realmente aconteceu, o que na verdade era a pergunta real dele. Se eu lhe contasse que realmente meu Natal acredito que ele não iria nem fazer a pergunta que realmente queria fazer. Fazemos tantas coisas por educação que acabamos sendo mau educados sem perceber. Só consegui descobrir isto porque o meu Natal realmente foi o pior dos piores. Eu enfiei a mão na cara da minha irmã (mais velha que eu) porque ela me encheu o saco. Acabei com o Natal de todo mundo e aquele clima de fraternidade eu mandei pro inferno em um simples soco. O bacana é que meu Natal passou a ser o Neo (da Matrix) Natal, em câmera lenta descendo o braço em direção ao rosto daquela megera que insiste em achar que o irmão dela é um monge budista rei da paciência. Mas gente, vamos falar a verdade: Paciência e educação tem limites né? Eu quase parei a sequência de perguntas do meu amigo só pra lhe dizer que meu Natal foi realmente uma tragédia. Assim, eu estaria agora explicando para ele o que aconteceu que minha paciência foi abdusida pelo espaço sideral e como eu delicadamente optei por não arrancar de vez os dentes da minha irmã e fazer com que assim ela nunca mais sorrisse. Fiquei realmente p.to da vida com ela. O problema nem foi o que ela disse a mim, mas a intenção das palavras dela: "Jogue o carro no buraco que é bom que o seguro me dará outro"! Eu estava saindo com minha esposa e filho. Pensa bem se isto é coisa de dizer? Então, eu só respondi assim: Diga mais uma palavra sequer e você verá eu lhe enfiando a mão na cara. Ato contínuo estava eu com um soco indo lentamente em direção a seu rosto. Bem feito! O povo acha que agente não tem palavra. Acredite, se eu disser vou fazer, por mais inacreditável que pareça, acredite. E eu a ovelha negra ainda saí com a fama de mal porque eu não poderia ter batido nela. Lembrando que eu estava de saída já incomodado com as coisas que ela me havia dito. Quer saber? Vou baixar o nível e dizer: FODA-SE! Mexeu com marimbondo, morreu picado! Ela tem só 26 anos que me conhece, sabe exatamente como me tirar do sério. É bom que aprendeu à nunca mais mexer comigo. Se ela não souber se comunicar, eu tenho certeza que eu não sei. Pra ela eu não tenho argumento, vou logo pra porrada porque assim não perco meu tempo. Mas o legal mesmo é o pessoal me perguntando: "E aí meu amigão, como foi o Natal?" e agente sempre respondendo: "Foi ótimo e o seu" - e pra variar, quando agente pergunta "E o seu?" também não está nem de longe se fudendo pro que a pessoa vai responder. Porque na verdade agente e nem ninguém se importam. Boa observação, lembre-se de que quando perguntar, queria de verdade saber a resposta, não pergunte apenas para ser educado. Aurevoir!