04 outubro 2007

E a vida passa...


Hoje pela primeira vez meu filho ficou sozinho em casa.
De repente me dei conta de que a vida está caminhando à passos largos. Se olhar para trás você corre o risco de tropeçar. A vida caminha para frente. Sem medo e sem culpa. Assim que deve ser. Enquanto isto paro para ver o quanto já caminhei desde o dia que decidi vir para esta cidade. Consigo perceber que passei pela vida de várias pessoas e que na vida de algumas eu fiquei. E a vida não para. Se você fica de espectador ela passa. Tenho passados por momentos turbulentos e momentos agradáveis, mas o que é isto senão viver?! Matemáticamente guardadas as devidas proporções a vida é exatamente a somatória de turbulências e alegrias. Porque não disse tristeza? Porque na vida não devemos ter tempo para deixar que a tristeza tome conta de nós. Dúvida tudo bem, pois é ela que nos motiva a continuar, mas a tristeza nos faz diminuir o passo e às vezes até parar. Nesta longa caminhada de 27 anos ví muita gente parada que segurei a mão com toda minha força e puxei até pegar o embalo. Algumas pessoas também fizeram isto comigo. É muito belo dizer "aproveite cada segundo como se fosse o último" e sabemos que este último segundo vai chegar...mas foda-se! Viva cada segundo intensamente e torça para ter o próximo! Faça tudo com amor e dedicação. Outro dia soube de alguém que recebeu a notícia de que possui uma "doença incurável" e sinceramente me choquei com aquilo. Minha cabeça estava um turbilhão de coisas, vários conceitos sendo quebrados ao mesmo tempo, várias idéias me surgindo e de repente bum..... lá vem um médico com um cronometro dizendo "tic tic tic" este é o seu tempo de vida. Putz! Que horror! Cheguei a conclusão que não importa o que esteja vivendo. Viva intensamente e torça pra viver novamente. Não se deve nesta viver dar lugar para tristeza ou arrependimentos. A vida anda para frente e um dia pára!

03 outubro 2007

Alegoria da Caverna - Platão


Platão - Alegoria da Caverna
Imaginem a seguinte situação: homens aprisionados em uma caverna, desde a infância, tendo essa uma única entrada para a luz. Na posição em que estão, na semi-escuridão, eles só conseguem enxergar sombras projetadas pela luz que entra por detrás deles. Estas sombras mostram homens carregando objetos de variadas formas. Uns conversam entre si, outros apenas passam. Para estes prisioneiros, nestas condições, esta é a realidade do mundo.

Considerando que um deles fosse solto, sua primeira reação seria de dor, pelos anos de confinamento. Em seguida, ao alcançar o mundo externo, sua visão seria ofuscada pela súbita claridade. Mas, aos poucos ele se fascinaria com a descoberta,
tendo dificuldades em julgar qual seria a verdadeira realidade. Com o tempo, ele começaria a se adaptar a essa nova realidade e compreendê-la. Ao lembrar de sua vida anterior, pensaria: - Prefiro viver e sofrer tudo novamente a retornar às ilusões de
antes.

Caso este homem, agora consciente, resolvesse retornar à caverna, veria, num primeiro momento, apenas trevas. Mas, mesmo depois, teria dificuldade de distinguir as sombras que lhe eram tão familiares. Seus companheiros lhe diriam que sua ida ao
mundo exterior havia arruinado sua percepção da realidade e, por isso, não valia a pena se arriscar numa jornada desconhecida. Se acaso fossem soltos e forçados a sair da caverna, tentariam agarrá-lo e o matariam, por não acreditarem que existisse outra verdade além da que conheciam.

Se considerarmos tudo que vemos sobre a face da terra como a caverna e, a luz que lá incidia como o sol que nos ilumina, podemos considerar que a descoberta de um outro mundo representa uma nova vida para onde as almas se elevam, mas só Deus sabe
se ela é verdadeira. Tendo como base esta idéia do bem, que é criadora do mundo e senhora da verdade e da inteligência, precisamos nela crer para sermos sensatos na vida.

27 setembro 2007

Sem prosa e sem rima


Vá fria lâmina do destino
Vá cortar outros corações
Vá romper relacionamentos
Apenas se vá, nunca volte

Este peito cheio destas cicatrizes
Cansado de bater está este coração
Pára, dilacerado morto em lágrimas
Quanto me dói ver o seu sofrimento

Dizem que o tempo a tudo muda
Dizem que o tempo a tudo destrói
Dizem que com o tempo tudo acaba
Mas por quanto tempo?

Por quanto mais deve-se esperar
Por quanto mais deve-se chorar
Por quanto mais devo suportar
Por quanto mais deve-se viver?

Quando esta vida tiver fim
E não houver mais dor
As cicatrizes devem lhe acompanhar
Por onde você for